Timópolis e Eu Jaqueline Jacome Sachetti 7º Ano B
Timópolis e Eu
Tantas dúvidas, será que Timópolis é um lugar bom , legal, decidi que não podia ficar vivendo sobre o teto de meus pais por muito tempo, então decidi que iria começar uma vida nova bem longe de lá.
Peguei o avião para Timópolis, não ouvi falar muito dessa cidade, apenas.. OK! Não ouvi falar nada. Por isso a minha insegurança. Ops, meu nome é Julie!
A hora do voo chegou, estou embarcando, sentei na poltrona, vi que o voo não estava lotado, só algumas pessoas, queria voltar para casa, com minhas amigas, meus pais, não podia desistir agora, afinal , o avião já estava levantando voo.
Cheguei em Timópolis, sempre pensando sobre a minha escolha, ora positivamente ora negativamente, afinal, uma cidade nova, estava sem casa, não consegui nenhuma informação pela Internet, mas que cidade não tem hotel ?!
Decidi continuar a minha busca por abrigo. Peguei minhas cinco malas e continuei, coisas básicas apenas. Estava pensando em pedir mais limite no cartão de crédito, vai que aqui as coisas são caras! Comecei a sentir uma tristeza, estava desanimada não sabia o que fazer, no começo estava achando que a cidade estava me desanimando.
Acordei no hospital rodeada de amigos e familiares, minha mãe estava toda preocupada, Dona Violleta sempre com sua classe , estava com um salto do tamanho do mundo, porque era baixinha, minha mãe falou muitas coisas, mas prestei atenção nas partes mais importantes: “Julie querida, está tão triste querida, seu rostinho nem se fala.”
Teve uma hora que pedi para todos para ficar sozinha com o médico. Foram embora sem falar nada, mandaram-me um beijo e foram para o aeroporto.
Apertei o botão e em dez segundos chegou um médico, será que era característica da cidade a rapidez? Então expliquei para o médico a minha situação e ele me explicou a história da cidade que, no começo era tudo feliz, mas quando a presidente morreu, tudo ficou triste, nunca superaram isso, porém ele achava que isso era página virada e mais, até hoje todos que entram na cidade têm uma queda de felicidade e vêm parar aqui; ele disse que eu já estava bem, também perguntei se ele conhecia algum lugar para eu ficar e ele disse que sim, sua secretária fez a reserva para mim, peguei minhas malas e segui o meu caminho.
Entrei no hotel, fiz check in, peguei a minha chave, coloquei as malas no quarto e fui conhecer a cidade; vi que o sentimento de tristeza estava longe. Fui ver a cidade no ponto mais alto, vi que a cidade era separada em dois pontos: de um lado a praia, um ponto nobre, de outro, um morro com pessoas mais simples.
Fui em um restaurante, estava com fome, perguntei ao garçon sobre as classes sociais, ele disse que os mais ricos não aceitavam os mais humildes e vice e versa, também perguntou em quem eu iria votar, eu com cara de tonta, “VOTAR?”
Voltei para o hotel para ver o horário eleitoral, ele disse que estava para começar , não achei nada demais, mesma coisa do Rio de Janeiro, esqueci, contei que sou carioca? Políticos falando que vão melhorar a cidade , mentira , never.
Já que estava ciente da corrupção que estava por vir, liguei para a recepção e pedi um livrinho das leis, a famosa constituição, vi que o livro não era muito grosso, ridícula, prefiro nem comentar. O que chamou mais a minha atenção foi:
Pichar muros é permitido, só não escreva mal dos políticos.
Então eles só pensavam em si mesmos? Agora vi onde me meti.
Decidi esquecer um pouco a vida e fazer um city tour, fui verificar tudo certinho. Fui me trocar, coloquei um shorts hollister, blusa e casaco abercrombie, tênis Nike e fui, as pessoas de lá não eram muito pontuais; o city tour começou às 17h00, ainda estava claro, estranhei um pouco. Vi que as casas estavam um pouco detonadas, contrastes de cores bem vivos, arquitetura bem bonita, tudo muito histórico.
Cansada, liguei meu notebook, entrei em todas as redes sociais possíveis, todos com as mesmas mensagens: Oi, como você tá? E coisas do gênero.
CORI: Oi linja , como você tá ? Tô com saudades . Kiss Kiss.
CIDA: Me conta da cidade, estava pensando em te visitar o mais breve possível, me escreve, beeeijo.
NICK: @julieneston oi gata garota, saudades de você, me liga o mais rápido possível, quero matar a saudade.
JOANA : SAUDADESSSSSSSSSSS !
Respondi a todos os recados , Cidinha , Cori , Jô, minhas melhores amigas, nossa quando vi o recado do nic, nossa tudo de mal acabou, deixei recado no celular dele, quero que ele retorne logo.
Estava dormindo, quando o meu celular tocou, era o Niic, atendi, a conversa foi rápida, matei a saudade e disse que logo estaria de volta. Quero de volta o meu RJ!
A primeira vez que fui ao cabeleireiro, fui fazer as unhas, só riquinha antipática, falando sem pensar, assunto do dia : quem tinha mais dinheiro na conta . Pedi para a manicure, Ursula, queria a cor preta, todas a maltratavam só porque era simples.
Liguei para minha mãe e disse que logo, dia 15, estaria de volta.
Dia 14, arrumando a mala, ouvindo no itunes Dream On, do Aerosmith , “Aprendi com essa viagem que não posso ter experiências muito diferentes do normal, não julgar o próximo, se eu for política um dia, serei justa e executarei leis que favoreçam a todos.”
Dia 15 fui ao aeroporto, vi que tudo de mal estava passando; na cadeira do avião, o piloto disse que o pouso estava autorizado, me preparei, desci, peguei minhas malas, e fui, parei do duty free e peguei kit kat para o ano todo, estava passando na porta para o salão principal e vi todos: Nic, mamãe, papai, cidinha, jô, Sofia, cori, todos mesmo.
Fiquei tão feliz em retornar e vi que era a hora de tentar um novo começo, se não posso mudar o que já foi.
Jaqueline Jacome Sachetti 7º Ano B